Breve Biografia

Mário Schenberg, um renomado físico brasileiro, se destacou por sua notável contribuição para a Física Teórica e Matemática. Nascido em 1914 em Recife e falecido em 1990 em São Paulo, dedicou sua vida à ciência, especialmente à física, e à formação de cientistas. Além disso, se envolveu nas áreas de artes como crítico e na política. Seus artigos foram publicados em várias línguas (italiano, francês, inglês e português) em revistas europeias, norte-americanas e brasileiras desde o início de sua carreira em 1936 até 1978.

Schenberg iniciou seus estudos em Engenharia em 1931, ainda em Recife. Dois anos depois, mudou-se para a Escola Politécnica de São Paulo, onde se formou como Engenheiro Elétrico e Bacharel em Matemática, sendo parte da primeira turma da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da recém-inaugurada Universidade de São Paulo.

Na década de 1940, Mário tornou-se professor catedrático de Mecânica Racional e Celeste na USP e defendeu sua tese "Princípios da Mecânica" em um concurso público. Nesse período, ele passou um tempo como bolsista da Fundação Guggenheim nos Estados Unidos, onde desenvolveu trabalhos fundamentais em astrofísica com o professor Chandrasekhar, um futuro ganhador do Prêmio Nobel.

Ao retornar ao Brasil, Mário Schenberg também se envolveu na política, filiando-se ao Partido Comunista Brasileiro e sendo eleito deputado estadual por duas vezes. Como membro da Assembleia Constituinte do Estado de São Paulo, contribuiu para a fundação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Na década de 1940, Schenberg foi convidado por Occhialini para trabalhar como físico teórico no grupo de raios cósmicos da Universidade de Bruxelas, na Bélgica. Sua temporada de estudos na Europa foi altamente produtiva, com numerosas publicações sobre Mecânica Quântica, Segunda Quantização e Mecânica Estatística Clássica em revistas europeias.

Nas décadas de 1950 e 1960, Schenberg ocupou o cargo de diretor do Departamento de Física da Faculdade de Filosofia da USP. Durante sua gestão, vários laboratórios foram criados, incluindo o Laboratório de Pesquisas em Estado Sólido e Baixas Temperaturas, que atualmente está localizado na cidade universitária do campus de São Paulo e leva seu nome. Ele também adquiriu o primeiro computador de pesquisa da universidade e trouxe o renomado pesquisador Cesar Lattes para recriar um grupo de estudos sobre raios cósmicos. Schenberg também foi membro do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF) no Rio de Janeiro. Ele retomou suas pesquisas em física e artes de forma criativa após sua "aposentadoria" e ajudou a fundar a Sociedade Brasileira de Física em 1966, tornando-se seu presidente em 1978. Com a abertura política em 1979, ele finalmente pôde retornar à Universidade de São Paulo.

Mário Schenberg faleceu em 10 de novembro de 1990, deixando um legado significativo para a ciência no Brasil. 

Principais contribuições para a Ciência

Realizou pesquisas pioneiras em física teórica, especialmente nas áreas de mecânica quântica, segunda quantização e mecânica estatística clássica. Suas contribuições ajudaram a avançar o entendimento das teorias fundamentais da física. Promoveu a criação de laboratórios e a aquisição do primeiro computador de pesquisa da universidade. Criou a Sociedade Brasileira de Física em 1966 e posteriormente serviu como seu presidente em 1978

Para saber mais

https://www.sbfisica.org.br/v1/portalpion/index.php/fisicos-do-brasil/74-mario-schenberg-2 

https://super.abril.com.br/historia/mario-schenberg-o-renascentista-da-ciencia-brasileira  

http://acervo.if.usp.br/bio04  

https://www.pucsp.br/pos/cesima/schenberg/alunos/rogeriomsuriani/fisico.htm  

https://www.scielo.br/j/ea/a/rzmWjkZfzwrc7BkPM6GpZHc/?lang=pt