Djalma Guimarães

Professor Djalma Guimarães em conferência na Sociedade Mineira de Engenheiros (1934), via divulgação Revista da Universidade Federal de Minas Gerais

Disponível em https://www.ufmg.br/diversa/11/artigo4.html

Pioneiro da geoquímica no Brasil, descrevendo diversos novos minerais.

Breve biografia

Nascido em 1894, o mineiro Djalma Guimarães iniciou seus estudos como engenheiro de minas e civil na Escola de Mineração de Ouro Preto  (1913-1919). Iniciou a sua carreira no Serviço Geológico em 1920, concentrando-se inicialmente na química, mas cedo se deslocou para a  sua área de maior interesse: a petrografia. Ele usou microscopia para delinear seções finas de rochas e fases minerais correlacionadas com análise petrográfica cuidadosa, o que confirmou sua interpretação petrogenética.

Em 1924, Djalma Guimarães descreveu um novo mineral chamado arrojadita, descoberto na Paraíba. No mesmo ano, publicou um artigo científico sobre a formação de depósitos de carvão no sul do Brasil no primeiro Congresso Brasileiro do Carvão, contribuindo para a petrografia no Brasil. Em 1926, juntamente com Luciano Jacques de Morais, descreveu um meteorito da Serra de Magé, Pernambuco.

Em 1929 começou a estudar o granito e desenvolveu um novo conceito de sua formação, que publicou em 1938 sob o título O problema da Granitização. A publicação reacendeu o debate sobre a formação rochosa e consolidou seu reconhecimento como um dos pioneiros da teoria da granitização.

Djalma Guimarães deixou sua marca em 1932 ao organizar o Serviço Geológico de Minas Gerais, e no ano seguinte foi nomeado Diretor Adjunto do Instituto Brasileiro de Geologia e Mineralogia. Ele baseou sua pesquisa sobre formação de metais na geoquímica, e sua teoria foi aceita nos Estados Unidos e incorporada aos cursos de geologia. Ao longo de sua carreira, Djalma Guimarães atuou em diversas áreas das ciências da terra e ocupou importantes cargos  em organizações nacionais e governamentais. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Geologia em 1946. Além disso, a descoberta de depósitos de apatita e pirocloro em Araxá tornou o Brasil o maior produtor mundial de nióbio.

Djalma Guimarães ganhou inúmeros prêmios e homenagens ao longo de sua carreira e seu legado continua até hoje. Influenciou a educação geológica no Brasil, sendo professor em três universidades e participando da criação do primeiro curso autodirigido de geologia do país. Seu extenso trabalho científico inclui mais de 240 publicações em vários campos da geologia.

Djalma Guimarães morreu em 1973, mas suas realizações e contribuições, incluindo a fundação do Museu de Mineralogia do Professor Djalma Guimarães em Belo Horizonte, ainda são lembradas e apreciadas até hoje. Dois novos minerais foram descobertos e homenageados em seu nome após sua morte, a djalmita e a guimarãesita.

Principais contribuições para a Ciência

Descreveu novos materiais, sendo elas: eschwegeíta, arrojadita, pennaíta e geannettita, além da descoberta de depósitos de apatita e pirocloro que tornou o Brasil o maior produtor mundial de nióbio. Pioneiro da teoria da Granitização e da Enstenização.

Para saber mais:

https://antigo.canalciencia.ibict.br/ciencia-brasileira-3/notaveis/412-djalma-guimaraes 

https://www.ufmg.br/diversa/11/artigo4.html 

http://portal.sbpcnet.org.br/noticias/djalma-guimaraes-e-o-homenageado-no-calendario-da-sbpc-em-dezembro/ 

https://www.scielo.br/j/rem/a/Kz4SSK7q9Bqk5Yyp4T3CFbg/ 

Recursos didáticos disponíveis em Química/Minerais

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