Marcello Damy de Souza Santos
Foto: Divulgação Sociedade Brasileira de Física
Disponível em: https://www.sbfisica.org.br/v1/portalpion/index.php/fisicos-do-brasil/72-marcello-damy-de-sousa-santos
Físico que desenvolveu o Betraton, a primeira máquina nuclear no Brasil.
Breve Biografia
Marcello Damy de Souza Santos, um físico experimental brasileiro notável, conquistou o título de primeira pessoa a se graduar em Física pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (FFCL) em 1936. Inicialmente, em 1933, ele havia ingressado no curso de engenharia na Escola Politécnica de São Paulo, onde teve aulas com Gleb Wataghin. Após sua graduação, ele trabalhou como assistente de Wataghin, dedicando-se à pesquisa experimental em raios cósmicos.
Marcello Damy também desempenhou um papel importante na descoberta dos "chuveiros penetrantes" em 1941. Durante a Segunda Guerra Mundial, quando atuava como diretor do Departamento de Física da FFCL, ele contribuiu para o esforço de guerra brasileiro, liderando pesquisas para desenvolver um sonar ultrassônico destinado à detecção de submarinos para a Marinha do Brasil.
Em 1945, Marcello Damy partiu para os Estados Unidos, onde colaborou com Donald Kerst, um físico notório pelo desenvolvimento do acelerador de elétrons Betatron. Ao retornar ao Brasil, ele construiu o Betatron da USP, que se tornou o primeiro acelerador de partículas da América Latina, concluído em 1950.
Damy também teve um papel fundamental na fundação do Instituto de Energia Atômica (IEA), atualmente conhecido como IPEN, em 1956. Ele presidiu a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), de 1961 a 1964. Em 1964, ele retornou ao IEA, onde permaneceu até 1968, quando se aposentou como catedrático da USP. Além disso, ele contribuiu para a fundação do Instituto de Física Gleb Wataghin na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1967.
Principais contribuições para a Ciência
Fundou o Instituto de Energia Atômica (IPEN), o desenvolvimento do Betatron, pesquisas em raios cósmicos e a liderança na criação de um sonar ultrassônico para a Marinha do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, presidiu a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e promoveu a educação em ciências.
Para saber mais
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0212200925.htm
https://agencia.fapesp.br/morre-o-fisico-marcelo-damy/11430
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252003000400007