Breve biografia
Jandira Masur nascida em São Paulo em 16 de maio de 1940, fez o curso de Psicologia na USP - Universidade de São Paulo, formando-se psicóloga em 1966. Após uma breve incursão no campo da Psicologia Clínica (1965-1967) iniciou suas atividades de pesquisa na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo sob orientação do Professor Elisaldo Luiz de Araújo Carlini. Inicialmente, na qualidade de estagiária e posteriormente como aluna de pós-graduação trabalhou em projetos de pesquisa envolvendo a ação da maconha no comportamento. Em 1970, Jandira foi professora visitante no Departamento de Farmacologia da Mount Sinai Medical School em Nova York. No mesmo ano, o grupo coordenado pelo professor Carlini se transferiu para a Escola Paulista de Medicina. Em 1971, Jandira defendeu sua tese de doutorado entitulada: "A Técnica de Campo-Aberto Como Medida da Resposta Emocional de Ratos. Influência de Drogas Psicotrópicas", a primeira tese no sistema formal de Pós-Graduação da Escola Paulista de Medicina (EPM). Em 1971, ela foi contratada como docente do Departamento de Bioquímica e Farmacologia da EPM, passando a exercer as funções de docência e pesquisa, já como orientadora do curso de pós-graduação em Farmacologia (Área de Psicofarmacologia), que em 1988, se tornou um Programa de Pós-Graduação independente, o PPG em Psicobiologia, reconhecido atualmente como de excelência, com nota máxima da CAPES. Em 1976, Jandira tornou-se pesquisadora 1A do CNPq e em 1987 membro da "International Advisory Board” do "Institute of Psychiatry”, Diploma em "Addiction Behavior" do Institute of Psychiatry de Londres. Foi sócia fundadora da Sociedade Brasileira de Psicobiologia (1978) e da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Alcoolismo (ABEAD), da qual foi presidente entre 1987 e 1989.
Principais contribuições para a Ciência
Foi membro da da SBPC, da Academia de Ciências do Estado de São Paulo e de diversas sociedades científicas internacionais (IBRO, ISBRA) e membro do Conselho da Sessão de Alcoolismo da Pan American Medical Association. Orientou 15 Mestrados e 10 Doutorados entre 1973 e 1990, treze dos quais se tornaram docentes em universidades federais. Entre 1969 e 1990 publicou 66 artigos em revistas internacionais, inclusive na revista Nature, em 1974, e 35 artigos em revistas nacionais. Em um de seus trabalhos com mais impacto, tema de Mestrado de Roseli Boerngen, descreveu pela primeira vez a ausência de tolerância ao efeito estimulante do etanol.
Indicação referendada pela Câmara de Pós Graduação e Pesquisa da Escola Paulista de Medicina - campus São Paulo.